quinta-feira, 28 de abril de 2011
Um olhar sobre a Cegueira
A capacidade de ver é algo que nos faz gostar de viver, mas por vezes não valorizamos essa capacidade.
Ainda hoje ia sentada à minha frente no comboio uma rapariga cega. Comecei a pensar em como seria ver o mundo através do olhar dela. Um olhar vazio e perdido. Tinha um semblante tão triste, mas ao mesmo tempo tão calmo.
Encostado aos seus pés tinha um cão. Preto, grande, bonito. O cão estava cansado e com sono. Durante a viagem aproveitou para dormir. Por vezes, levantava a cabeça e só isso fazia com que a rapariga sorrisse.
Ao sentar-se outra pessoa a seu lado, ficou incomodada: " ... O meu cão é teu grande. Ocupa tanto espaço. Peço desculpa".
Ao olhar para mim, apesar de cansado e com sono, o cão estava feliz. O olhar dele brilhava e deliciava-se com a meiguice da dona. Como se de um relação de tão grande proximidade se tratasse. Ele estava ali para servir e para defender um simples olhar.
No fim da viagem, sem palavras e acções, o cão espreguiçou-se e preparou-se para mais um dia.
quinta-feira, 14 de abril de 2011
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Sopro
Dei por mim a pensar em como a vida é um sopro. Tanto estamos a sorrir como estamos mortos deitados sobre uma urna com tantos olhos sobre nós, lágrimas, sofrimento de quem vê partir.
A morte ganha vida quando se vê alguem tão próximo à beira do sofrimento. Para que existir assim? Mas para que morrer quando se tem tanto para dar?
E pk tem de ser o cemitério a nossa última paragem? é tudo tão triste.
As pessoas continuam a ser unicas e deixam sempre imagens na nossa memória. Mas se for para deixar uma imagem que seja de vida e nunca a da partida.
Desse alguém vou lembrar: "oh Tânia então tás por cá?" (sempre a sorrir pa mim).
A morte ganha vida quando se vê alguem tão próximo à beira do sofrimento. Para que existir assim? Mas para que morrer quando se tem tanto para dar?
E pk tem de ser o cemitério a nossa última paragem? é tudo tão triste.
As pessoas continuam a ser unicas e deixam sempre imagens na nossa memória. Mas se for para deixar uma imagem que seja de vida e nunca a da partida.
Desse alguém vou lembrar: "oh Tânia então tás por cá?" (sempre a sorrir pa mim).
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