terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Michael Sembello - Maniac (Flashdance)

Fernando Pessoa

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Tempo para mim


Tempo de viver para mim.

Sem conflitos, vivendo na tranquilidade.

Sem promessas, sem mágoas.


Tempo de seguir a minha vida para a frente, sem medos.

Não é tempo de lágrimas, mas de serenidade.


Não kero sentir, hj nao permito

não kero lutar, pk hj vivo para mim.





domingo, 13 de janeiro de 2008

Indefinição, será?


Hoje estou presa. Fechada numa sala bem apertada.

A unica coisa que tenho é uma janela. Dela vejo uma terra, tem aspecto de ser um paraiso. E eu, fechada na sala, sinto um aperto no peito, gostava tanto de sair para poder ver o que aquela terra tem para me mostrar. Mas, não dá. Continuo presa.

A sala onde me encontro é uma terra tao feia, a unica paisagem que tem são duas paredes, muitos sujas, e eu aproveito e vou riscando na parede o numero de dias k faltam para sair dakele inferno.

O meu aspecto não é dos melhores, cabelos cmpridos, unhas já grandes, roupas rasgadas com a raiva e o desespero de sair, olhar vidrado e mto aberto, quem olha para mim diz k pareço um bicho.

O tempo não passa, não sei qtos dias faltam para me libertarem. Tou a desesperar. A fome aperta, e o desespero começa a aumentar.

Choro, grito, até k me deito sobre um colchao já velho, mto encolhida abraço-me, tenho uma dor dentro de mim, apetece-me morrer.

De repente reparo em algo, as chaves da minha liberdade sempre estiveram cmg. Estão na porta.


Revoltada comigo mesma, rasguo minhas roupas e penso para mim: "estupida, as chaves tiveram sempre lá". Num acto de desespero e ao mesmo tempo alegria, corri para a porta e peguei nas chaves. Contudo, não abri logo a porta. Sento-me no colchão onde muitas vezes olhava pela janela, o paraiso estava no mesmo sitio de sempre, mas uma duvida se instalara em mim, "como será a vida lá fora?", "conseguirei sobreviver?", " para onde vou?".


As ideias na minha cabeça são tantas que me levanto e coloco novamente a chave na porta, volto-me a sentar sobre o colchão, e olho para a janela. E assim fico, calada, pensativa a olhar para a janela e a pensar no que poderia viver lá fora.


(é incrivel como muitas vezes nós deixamos que a nossa mente nos prenda, quando na realidade somos nós que temos a chave de saída... não será isso ignorância?)

terça-feira, 1 de janeiro de 2008



já olhaste o sol a deitar-se no mar?

já viste como as estrelas iluminam a noite?


já olhaste para um bébé a sorrir?


já viste os passaros cantar?


olha para o campo e ve as cores, verde, laranja, castanho e pequenos tons de amarelo, rosa, vermelho, já viste?


já viste como o mar respira, por vezes tao calmo, outras vezes mais agitado? e a força que ele transmite , já sentiste?


já olhaste para a serra e sentiste a liberdade que ela te promete dar?


já viste a lua com a sua beleza natural a impor respeito às estrelas? (principalmente, em noites de lua cheia)


já sentiste o cheiro a terra molhada?


ja viste como se vestes as flores e as borboletas?





já viste como a vida é UNICA?