domingo, 13 de janeiro de 2008

Indefinição, será?


Hoje estou presa. Fechada numa sala bem apertada.

A unica coisa que tenho é uma janela. Dela vejo uma terra, tem aspecto de ser um paraiso. E eu, fechada na sala, sinto um aperto no peito, gostava tanto de sair para poder ver o que aquela terra tem para me mostrar. Mas, não dá. Continuo presa.

A sala onde me encontro é uma terra tao feia, a unica paisagem que tem são duas paredes, muitos sujas, e eu aproveito e vou riscando na parede o numero de dias k faltam para sair dakele inferno.

O meu aspecto não é dos melhores, cabelos cmpridos, unhas já grandes, roupas rasgadas com a raiva e o desespero de sair, olhar vidrado e mto aberto, quem olha para mim diz k pareço um bicho.

O tempo não passa, não sei qtos dias faltam para me libertarem. Tou a desesperar. A fome aperta, e o desespero começa a aumentar.

Choro, grito, até k me deito sobre um colchao já velho, mto encolhida abraço-me, tenho uma dor dentro de mim, apetece-me morrer.

De repente reparo em algo, as chaves da minha liberdade sempre estiveram cmg. Estão na porta.


Revoltada comigo mesma, rasguo minhas roupas e penso para mim: "estupida, as chaves tiveram sempre lá". Num acto de desespero e ao mesmo tempo alegria, corri para a porta e peguei nas chaves. Contudo, não abri logo a porta. Sento-me no colchão onde muitas vezes olhava pela janela, o paraiso estava no mesmo sitio de sempre, mas uma duvida se instalara em mim, "como será a vida lá fora?", "conseguirei sobreviver?", " para onde vou?".


As ideias na minha cabeça são tantas que me levanto e coloco novamente a chave na porta, volto-me a sentar sobre o colchão, e olho para a janela. E assim fico, calada, pensativa a olhar para a janela e a pensar no que poderia viver lá fora.


(é incrivel como muitas vezes nós deixamos que a nossa mente nos prenda, quando na realidade somos nós que temos a chave de saída... não será isso ignorância?)

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