terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Fernando Pessoa
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
Tempo para mim
domingo, 13 de janeiro de 2008
Indefinição, será?

Hoje estou presa. Fechada numa sala bem apertada.
A unica coisa que tenho é uma janela. Dela vejo uma terra, tem aspecto de ser um paraiso. E eu, fechada na sala, sinto um aperto no peito, gostava tanto de sair para poder ver o que aquela terra tem para me mostrar. Mas, não dá. Continuo presa.
A sala onde me encontro é uma terra tao feia, a unica paisagem que tem são duas paredes, muitos sujas, e eu aproveito e vou riscando na parede o numero de dias k faltam para sair dakele inferno.
O meu aspecto não é dos melhores, cabelos cmpridos, unhas já grandes, roupas rasgadas com a raiva e o desespero de sair, olhar vidrado e mto aberto, quem olha para mim diz k pareço um bicho.
O tempo não passa, não sei qtos dias faltam para me libertarem. Tou a desesperar. A fome aperta, e o desespero começa a aumentar.
Choro, grito, até k me deito sobre um colchao já velho, mto encolhida abraço-me, tenho uma dor dentro de mim, apetece-me morrer.
De repente reparo em algo, as chaves da minha liberdade sempre estiveram cmg. Estão na porta.
Revoltada comigo mesma, rasguo minhas roupas e penso para mim: "estupida, as chaves tiveram sempre lá". Num acto de desespero e ao mesmo tempo alegria, corri para a porta e peguei nas chaves. Contudo, não abri logo a porta. Sento-me no colchão onde muitas vezes olhava pela janela, o paraiso estava no mesmo sitio de sempre, mas uma duvida se instalara em mim, "como será a vida lá fora?", "conseguirei sobreviver?", " para onde vou?".
As ideias na minha cabeça são tantas que me levanto e coloco novamente a chave na porta, volto-me a sentar sobre o colchão, e olho para a janela. E assim fico, calada, pensativa a olhar para a janela e a pensar no que poderia viver lá fora.
(é incrivel como muitas vezes nós deixamos que a nossa mente nos prenda, quando na realidade somos nós que temos a chave de saída... não será isso ignorância?)
terça-feira, 1 de janeiro de 2008
já olhaste o sol a deitar-se no mar?
já viste como as estrelas iluminam a noite?
já olhaste para um bébé a sorrir?
já viste os passaros cantar?
olha para o campo e ve as cores, verde, laranja, castanho e pequenos tons de amarelo, rosa, vermelho, já viste?
já viste como o mar respira, por vezes tao calmo, outras vezes mais agitado? e a força que ele transmite , já sentiste?
já olhaste para a serra e sentiste a liberdade que ela te promete dar?
já viste a lua com a sua beleza natural a impor respeito às estrelas? (principalmente, em noites de lua cheia)
já sentiste o cheiro a terra molhada?
ja viste como se vestes as flores e as borboletas?
já viste como a vida é UNICA?
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